Imaginem uma maçã ou uma cebola a decompor… É parecido!
Os dentes são estruturas compostas por minerais e possuem diferentes camadas, pois diferem na sua composição. A mais superficial em contacto com a cavidade oral é o esmalte, abaixo do esmalte se encontra a dentina. Ao nível da raiz não existe esmalte, mas sim o cemento.
A cárie dentária é o resultado da deterioração dos minerais que compõe as camadas do dente, esmalte, dentina e/ou cemento. Esta deterioração deve-se à ação de compostos ácidos e libertados pelas bactérias que ficam depositadas na superfície dos nossos dentes. As bactérias fazem parte da microflora oral, no entanto a falta de higiene oral leva a um desiquílibrio que promove a degradação do dente. Quanto mais tempo ficarmos sem escovar os nossos dentes maior o número de bactérias presentes e mais agressivas elas se tornam. Também, a quantidade de alimentos ingeridos ricos em hidratos de carbono (sacarose, frutose e glucose) aumentam a libertação de ácidos pelas bactérias, pois elas alimentam-se sobretudo de hidratos de carbono. Esses ácidos criam descontinuidades na superfície até se formarem cavidades, as cáries.
O esmalte é estrutura mais dura do nosso corpo, mais que o próprio osso. Contudo, aqueles micro-organismos têm capacidade de o decompor pouco a pouco, mas com grandes consequências. Dentes muito cariados podem partir, podem começar a doer por expor o interior do dente à cavidade oral e podem acabar por infetar.
As cáries dentárias podem ser facilmente prevenidas e se forem tratadas a tempo não causam grandes estragos.